domingo, 28 de setembro de 2008

Firenze – giorno uno (non sarebbe due?)

Aproveitando a internet grátis do hotel, e também querendo dar uma pausa para o físico, acabamos não saindo muito cedo. Chegamos no centro de ônibus – rápido (30 minutos) e confortável (para um ônibus...). A primeira visão que tivemos do Duomo ainda de dentro do ônibus foi muito tison. Descemos no ponto final (a 2 quadras do Duomo) e para lá nos dirigimos. Foto prá lá, foto prá cá, ooohhh pra lá, ooohhh prá cá, pegamos a primeira fila do dia: entrar na catedral. Muito mais bonita por fora do que por dentro. Prá variar um pouco, a Fátima acendeu uma vela (acho que ainda não falei isso, mas ela acende uma vela – custo variando de €0,50 a €2,00 – em praticamente todas as igrejas que entramos – ela diz que, como o velho sogro Ithass falava, é para iluminar os nossos caminhos – até agora não posso absolutamente reclamar de falta de luminosidade em nossa ainda breve vida).

Saímos e decidimos que, entre subirmos no domo do Duomo (que tal hem?) e no topo do campanário, o último era melhor, pois não tinha fila e era mais alto. Tá certo. Não tinha fila mesmo, mas quando chegamos lá em cima, não era – ele é 6 metros mais baixo do que o domo do Duomo... Mas, o mais incrível dessa subida foi o desempenho da Fátima: foram 85 metros e trocentos degraus que ela venceu com uma bravura indômita, e sem uma gota sequer de Red Bull. Suas asas foram iluminadas pelas velas recém acesas. Durante a subida também aconteceu outra coisa sensacional – os sinos começaram a tocar marcando o meio dia! Fantástico, quase ficamos surdos (bem mais silencioso que um F1 passando na pista na tua frente, mas mesmo assim bem alto...). A vista de lá é qualquer coisa “da non dimenticare mai”.

Descemos com a intenção de nos encontrarmos com o David. Fomos até o Museu dell` Opera del Duomo, que estava completamente sem filas, mas isso era só porque ele não estava lá (santa ignorância, diria o Robin...). No entanto, encontramos uma Pietá inacabada do Mich véio de guerra. Saímos de lá meio frustrados pelos €12 gastos não à toa, mas... Fomos até o Batistério. Mais €9 para entrar lá dentro. Que que é isso, minha gente. Nada de entrar no batistério – olhamos de fora – deu para ver alguns dourados espalhados pelas paredes. Além disso, a principal atração do batistério de acordo com o nosso guia é o tal do portão leste, também conhecido como o Portão do Paraíso, e esse a gente vê de fora, sem pagar.

Discute daqui, discute de lá (tudo no bom sentido), e resolvemos ir até Galleria dell`Accademia. Lá sim iríamos dar um oi para o David. Nós e mais uns trocentos turistas. Enquanto a Fátima ficou na fila, fui num lugar qualquer comprar o nosso almoço. Sentido de tempo perfeito – foi acabarmos de comer chegou a nossa vez de entrar. Aqui sim os nem me lembro mais bastante € valeram a pena. O David original é foda. Aliás, quem é foda foi o Mich que o esculpiu, ele (Davi) é só fodinha... Ficamos um bom tempo lá – íamos para as outras salas, voltávamos para vê-lo mais um pouquinho.

Ficamos nesse vai e vem até 14:30, quando saímos e fomos até a Piazza di San Marco. Entramos no Convento di San Marco (óbvio, né...). Esse convento é muito interessante, pois pudemos ver as celas dos monges (um monte delas) decoradas com afrescos lindíssimos de Fra Angelico. De lá fomos até a Piazza della Santissima Annunziata, onde fica o Spedale degli Innocenti – um orfanato onde as mães solteiras dos tempos d`antes anonimamente entregavam os seus filhos.

Seguindo pelos nossos iluminados caminhos, fomos até a Piazza della Signoria, onde está o Palazzo Vecchio (a prefeitura de Florença), a Fontana di Netuno, uma réplica de David (a escultura original ficou aqui até 1873, quando foi transferida para a Accademia), além da Loggia dei Lanzi, um espaço coberto, mas sem paredes, onde antigamente ficavam os guarda costas de Cosimo I e hoje tem-se um monte de esculturas, entre as quais um Perseu de Celini (em bronze). Após longamente admirarmos Netuno, entramos no Palazzo Vecchio. Logo na entrada estão restaurando algumas de suas colunas, e pode-se brevemente observar o trabalho. A principal atração é o Salone dei Cinquecento, um salão enorme com várias esculturas ao seu redor, entre elas a “Vitoria” de ... Michelangelo, sempre êle.

Saímos da prefeitura, passamos na frente da Galleria Uffizi, e fomos ver o entardecer na Ponte Vecchio. A ponte com suas “casinhas” é algo completamente diferente do que estamos acostumados, e tem uma beleza ímpar. Além disso, a quantidade de joalherias que hoje as ocupam é de endoidecer. Uma do lado da outra, com milhões de € em ouro e pedras preciosas à vista de todos. Antes de pegarmos o ônibus para o hotel, comemos um wafle com chocolate derretido por cima, que, palavras da Fátima, estava du peru di bom. Com o dito cujo do wafle, nada de jantar hoje. Ivo na internet, Fátima na cama, e “fino a domani”.

2 comentários:

Ana Balbinot disse...

Eiba!!!! Até que enfim vcs voltaram! Estou ficando viciada no blog de vocês... =) mas dia desses fiz uma postagem sobre A beleza das Pontes e contei um pouquinho a história da Ponte Vecchio. Se interessar, está http://abelezadetodasascoisas.blogspot.com/2008/08/beleza-das-pontes-parte-i.html
Tem coisas interessantes, como por exemplo, a origem da palavra bancarrota! Palavra esta, aliás, que eu conheço muito bem! kakakakaka
Beijos e vou correndo ler o próximo dia

tete disse...

Nós também comemos Wafle hoje...só que não foi em Florença...foi na casa da mãe mesmo!!!!