terça-feira, 16 de setembro de 2008

E vamos para Cinque Terre!

Como já dito ontem, hoje foi dia de acordarmos de madrugada. Nada de café da manhã. Acontece. Ainda era 04:50 e já estávamos na porta do hotel esperando pela van que nos levaria para o Aeroporto. O interessante foi quando ela chegou – o Bruno olhou para o motorista, e como se fossem velhos conhecidos, disse “Olha só – é o Renato” (acho que era Renato – nem me lembro). O tal do Renato é um dos recepcionistas do hotel. Sei lá que tanto o Bruno conversou com o cara. Bom, saímos para o aeroporto e uns 45 minutos depois lá estávamos. O Bruno foi direto fazer o check-in dele, depois do que fomos tomar um café. Muito atcado como sempre, ele já quis entrar para a sala de embraque, embora ainda faltasse uns 45 minutos para o horário de embarque. Ficamos nós dois então sozinhos de novo. Nada nos restava a não ser irmos atrás da loja da Hertz – era 06:30 e a encontramos – desagradável surpresa – só abre às 07:30. Mas sempre tem algo bom – éramos os primeiros da fila... Quando fomos atendidos, a primeira coisa que a italianinha me falou era que a minha reserva era para as 8 horas e o carro não estava pronto. Conversa mole. Me disse que poderia me dar um Clio se eu quisesse sair já, que da classe de carro que eu havia pago só ia ter disponível às oito mesmo. Sem problema, disse eu, espero até as oito, mas quero um Fiat Bravo, que foi o que paguei. Me disse então que poderia me dar um Lancia Delta por € 20 a mais por dia. Interessante que uma cara feia depois (nem falei nada, mas vocês conhecem a minha cara feia), de repente a Lancia Delta estava pronta e sem nada a mais para pagar. Muito interessante mesmo! Quando saímos para irmos pegar o carro, veio a primeira má notícia de verdade – estava chovendo. Ainda bem que o caminho até o carro era quase todo coberto. Alguns momentos para se famirializar com o carro, instalar o GPS, e praticamente no horário previsto estávamos na estrada. A Lancia Delta é ótima, muito confortável, com um bom motor diesel. Interessante que no primeiro pedágio o atendente me pede para abrir a janela (eu já pensei que era algum pepino...). Queria saber o que eu estava achando do carro. Nem perdi tempo explicando que era alugado – disse que era ótimo! Depois de algum tempo de viagem (com chuva, trânsito intenso enquanto nas cercanias de Milão e a Fátima já dormindo), me bateu o sono – afinal ir dormir depois de meia noite e acordar às quatro, não é muito fácil. Estacionei no primeiro Autogrill que encontrei, reclinei o banco, coloquei a máscara contra luz que ganhamos da TAM e cochilei por um bom tempo. Acordei revigorado e pegamos a estrada de novo. Por volta das 11 horas (um pouco atrasados por causa da parada imprevista) entramos em Genova só para dar uma voltinha. Nada de especial. Mas levem em consideração que foi uma voltinha mesmo.

Pegamos a autoestrada novamente em direção a Santa Margherita Ligure. Chegamos lá antes do meio dia. A cidadezinha é uma coisa de linda (meio aviadado falar assim, mas...). Estacionamos e saímos para dar uma passeadinha. A essa hora a chuva já tinha passado. Caminhamos um pouco, e como eu tinha que checar internet e passar alguns email`s, a Fátima foi passear “por aí”. Me pegou na internet depois de uma meia hora, passeamos mais um pouco – ela, agora, mesmo antes do almoço, não resisitu e comprou uns docinhos numa confeitaria. Molto squisito.

Pegamos o carro de novo e fomos para Portofino. Outra coisa “feia”. Eta paisinho impressionante. Assim que estacionamos (estacionamento pago - €10 pelas mais ou menos duas horas que ficamos lá) e saímos para a rua, começou a chover. Mas nada nos detém. Continuamos nosso passeio assim mesmo. Depois de umas voltas, já era hora de almoçar. Entre as várias opções acabamos escolhendo um restaurante bem pequeno, com mesinhas “assim prá fora”. Assim que sentamos, a Fátima me fala – veja só quem está naquela mesa – é a Luciana Gimenez. Que mulher mais sem graça. Não sei o que o Mick Jagger viu nela. Pelo menos sem produção é uma coisa até meio feia. E além do mais, sem nenhuma educação – ficava falando alto (e errado) com o maridão bronzeado e careca dela. Voltemos ao que interessa. Não adiantou nada ter mesinhas “assim para fora”. Começou a chover mais forte, e ventar. O toldo não protegia mais e tivemos que mudar para dentro (lá de dentro eu ainda escutava a Gimenez falando ...). Deixando novamente a figura de lado, o almoço foi uma delícia.

Na estrada outra vez, agora em direção a Monterosso al Mare, uma das Cinque Terre, sempre com o GPS dando todas as coordenadas. Aí aconteceu um problema que até podemos dizer que foi solução. Como a estrada tem muitos túneis, e dentro de cada um deles o sinal do GPS cai, acabamos perdendo a entrada “oficial” para Monterosso. Rapidamente ele recalculou a rota e nos mandou pegarmos a próxima saída. Aí vem a parte boa. Descemos até lá por umas estradinhas (estradinhas, mas asfaltadas e sem buracos. Sem acostamento também, mas lembrem-se, eram estradinhas...) sem movimento nenhum, passando no meio de florestas que pareciam virgens. Realmente muito interessante. Me fez lembrar da infância quando às vezes saia com o pai andando numas estradas (aí não asfaltadas e com buracos, mas...) perdidas por esse nosso Paraná afora. De qualquer maneira chegamos. Os primeiros suspiros (olha o cara enviadando de novo) foram ainda na estrada, quando se tem uma vista deslumbrante de Monterosso como moldura para o azul do Mediterrâneo. Antes de chegar em Monterosso, fomos vendo um monte de carros estacionados na beira da estrada, e imaginando o que poderia ser aquilo. Descobrimos quando chegamos lá embaixo: é proibida a circulação de automóveis de visitantes na cidade. Só entram carros de residentes. A parte boa de tudo isso é que, por um incrível golpe de sorte, tinha uma vaga livre na frente da cancela de entrada da cidadezinha. Preparamos então nossa mochila com o kit de sobrevivência na selva e entramos na área “proibida”. Demos uma rápida voltinha e fomos procurar lugar para pouso. Sem vagas no primeiro procurado (era bem de frente para o mar, mas...). De qualquer maneira, nos sugeriram alguns. No primeiro que achamos (Albergo Amici), a atendente nos disse que tinha um quarto, mas não era no prédio do hotel – era separado. Óbvio, pedi para ver o que era esse quarto “separado”. Lá fomos nós atrás da moça. Cada porta caquética que ela passava era um susto que levávamos. Após algumas subidas e descidas de escadas, ela finalmente abriu uma porta. Surpresa! A escada de acesso era de Carrara, com aparência de recém terminada. O piso do corredor também em Carrara, com tosetos em Rojo Alicante. Quando abriu a porta do quarto, ficamos de boca aberta. Tudo novíssimo, com piso em Carrara. O banheiro então, com mármore até nas paredes. Perguntei o preço: €90,00. Fechei na hora. Novamente tive que ir para a internet, enquanto a Fátima ficou dando uma descansada. Quando terminei, saímos para passear. A cidade é dividida em dois por um túnel – interessante. Fomos até o outro lado ouvindo flauta enquanto atravessávamos o túnel (€1,00 para a flautista...). Bem na frente de uma rocha linda que sai di meio do mar tinha um restaurante que nos atraiu. Foi um erro. A comida até que não estava ruim (mas também não estava boa...), mas a dona ficou o tempo todo brigando com o cozinheiro – desagradável. Pelo menos foi barato.

Terminamos, mais uma voltas por Moterosso al Mare e lá fomos nós prá caminha. Amanhã vamos para as outras 4 das Cinque Terre.

Um comentário:

Panda Lemon disse...

Ivo e Fátima
o blog de vcs tá demais!
dei muita risada com a história da Luciana Gimenez e do marido morenão careca dela.
Bom saber que vcs estão se divertindo, dormindo no carro, saindo da rota, beirando montanhas que moldam o mediterrâneo, etc. Tudo isso é muuuito poético e tocante. Nada de aviadado. Apenas emocionante!!!!!
Uhuuuu, aventuras na Itália, vcs deviam intitular o blog.
heheheheh
Beijos