quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Cidade do Vaticano e um pouco mais

Compromisso assumido, compromisso cumprido. Após o café, lá fomos nós para o Vaticano. Razoavelmente perto do hotel. Para variar um pouco, eu tinha que “internetear” antes do passeio, e por isso saí com a mochila do computador, pois os “internet point” são todos próximos do Vaticano. Nenhum perto do hotel. Foi um erro, pois a mochila fica muito pesada com o micro.

Na entrada para a Capela Sistina e Museus do Vaticano tinha um pouco de fila, mas não muito. Foi rápido. Na realidade perdemos um pouco de tempo porque deixei a mochila no “chapeleiro” (ainda bem...) mas esqueci o guia dentro. O guia é importante porque tem a descrição de cada sala que iríamos passar. A Fátima desceu buscá-lo, mas com isso lá se foram alguns minutos de perda de tempo.

A inexistente fila lá de fora foi uma ilusão. Todo o caminho até a Capela Sistina foi uma fila só. Ainda bem que as atrações intermediárias são muitas e todas interessantes (as salas de Rafael Sanzio, por exemplo). Mas a atração MESMO é a Capela. É uma coisa verdadeiramente impressionante a diferença que você claramente vê entre o trabalho de Michelangelo e o dos outros comuns dos mortais que também ajudaram na “decoração”. Michelangelo pintou o teto (onde tem a famosa cena de Deus dando a vida para Adão) e também a parede dos fundos, onde está o Juízo Final. A expressividade das figuras, o uso da cor, TUDO é MUITO melhor no que foi feito por ele. Eu nunca tinha imaginado que a diferença dele para os outros fosse tão flagrante. Ficamos um bom tempo sentados nos bancos laterais extasiados com a beleza da obra.

Saímos da Capela e passamos no correio do Vaticano, de onde mandamos um cartão postal para cada mamma. Hora da parada para o almoço – uma lasanha para cada um. Restaurante honesto.

De lá fomos para a Piazza San Pietro, para entrarmos na Basílica. Mais fila. Tem-se que passar pelo raio-x da segurança, além daquelas portas detectoras de metais. Fomos direto para o elevador que leva para a cúpula da Basílica. Parafraseando o Chavez (o personagem, não o ditador venezuelano), foi meio que um sem querer querendo, pois pegamos o “chiqueirinho” errado. Mais uma filinha até pegarmos o elevador que leva até o meio do caminho (só até os terraços que ficam sobre a cobertura da Basílica). Fomos direto para dentro da cúpula. Lá tem uma espécie de varanda, em todo o contorno da base da dita cuja, de onde se pode observar a basílica láááááááá em baixo. A altura impressiona. Pena que está tudo cercado por um alambrado alto e seja difícil de olhar e fotografar (será que eles tem medo de que alguém se suicide pulando de lá?). De qualquer maneira tem-se uma boa idéia do tamanho que é essa igreja.

Continuando, pega-se a escada que vai por dentro da cúpula até quase o seu topo. É uma boa subida a mais. Em certo ponto a escada vai ficando espremida entre as paredes inclinadas da cúpula, e é difícil até para manter o equilíbrio. Eu subi rapidinho. A Fátima veio mais devagar (BEM mais devagar), mas também chegou lá. A vista é muito bonita. Vê-se não apenas os jardins do Vaticano, mas toda Roma. Esse é outro daqueles passeios que valem cada um dos €7,00 que cada um de nós pagou para subir pelo elevador (a pé também pode, e é mais barato - €5,00). Descemos da cúpula e demos um pequeno passeio no telhado da Basílica (Xandinha, esse não é tão inclinado quanto o do Duomo de Milão, mas também tem suas “torturinhas”). Pegamos o elevador de novo – a saída já é praticamente dentro da Basílica. Mais um deslumbramento. É enorme e linda. Difícl descrever – só estando lá para sentir o que é.

Na saída, resolvemos dar uma descidinha até onde estão enterrados os Papas. Boa notícia – era grátis. Interessante que no túmulo de João Paulo II as pessoas deixam flores, bilhetes, postais. Não tenham dúvida que logo logo a Igreja o canoniza santo.

Era por volta de 17:00. Ainda dava tempo de irmos visitar o Castel Sant`Angelo, que é perto do Vaticano. É uma construção medieval, meio rústica, mas também interessante. O ingresso poderia ser mais barato. Digamos que mais ou menos €3,50 não valeram a pena dos €8,50 que pagamos, embora também se tenha uma boa visão de Roma a partir do terraço mais alto da construção.

A visita aí é rápida. Por volta das dezoito estávamos “interneteando” de novo. Pouco antes das sete já estávamos indo para o hotel. Agora vem uma parte que vocês não vão acreditar. No trajeto passamos na frente de uma loja de calçados e, adivinhem o que eu vi na vitrine? Crocs forrados com lã, no melhor estilo pantufa, mas ainda um legítimo Crocs. Entramos e comprei um preto. Quem quiser ver vai ter que ir lá em casa. Conseguem me imaginar todo fashion de Crocs “apantufado”?

Chegamos no hotel para um rápido descanso, e por volta das nove “garramo o mato” de novo para irmos a pé jantarmos na Piazza di Spagna. Um trajeto de mais ou menos 2 km, passando pela Piazza del Popolo. Na Piazza di Spagna mesmo não tem nenhum restaurante – jantamos num um pouco mais para a frente.

Hora de voltar para o hotel. Passeamos a pé por um trecho da Via dei Condotti, com sua “lujinhas” de segunda classe (Dior, Armani, Prada, Max Mara e por aí vai...). Quando a parte “boa” da rua acabou, pegamos um táxi e cá estamos de volta no hotel. Até amanhã!

3 comentários:

tete disse...

Pelo jeito a viagem está maravilhosa!!!
Que delícia passear por Roma à pé!
Quero um Croc peludo pra mim!
Beijos

Ana Balbinot disse...

Que saudades de viajar com vocês!
E, pelo que li até agora, vocês continuam no estilo "haja fôlego"!
Estou adorando o blog, e a Fátima tem que escrever mais vezes, pois o humor dela é imbatível! Não precisa ficar triste Ivo, você sabe que nós te adoramos!
Beijos da Ana e do Gafa

Panda Lemon disse...

Ah, eu achando que dessa vez ia ser o Mick Jagger na loja de sapatos!

Saudades!!!