sábado, 12 de outubro de 2013

Vamos passear pela Toscana? A caminho de Assis!


Hoje, dia 11, foi mais um dia em que tive que ficar no hotel colocando as coisas em dia. Enquanto isso, a Fátima foi dar um passeio por Bologna. O passeio começou pela Piazza Maggiore e Piazza del Nettuno, que são contínuas e onde está a fonte de ...  Netuno! A praça estava cheia de estudantes que participavam de um protesto que passou bem na frente do nosso quarto no hotel. Além disso, havia uma feira da mortadela - inúmeras barracas vendendo essa especialidade da região. Ao tentar fotografar a fonte de Netuno que ela percebeu que tinha esquecido a máquina fotográfica "em casa". Solução: tirar fotos com o celular. Problema: só depois da quarta foto que ela percebeu que estava filmando enquanto andava "por aí", e não fotografando o que queria. Descoberta a tempo, ainda conseguiu algumas boas fotos. Da praça dava para ver a Torri degli Asinelli, importante família local do século XII - muito longe para ir até lá.
As arcadas chiques de Bologna
O protesto de estudantes!

 

Breve caminhada e chegou na Piazza Cavour, que com suas elegantes arcadas e galerias com os tetos ricamente decorados é o centro comercial chique de Bologna, onde pessoas normais, como diria o recepcionista de nosso hotel em Milão, não tem o que comprar. Depois disso, voltou ao hotel, fez as malas, pagamos as contas e pegamos o carro. Para a Toscana.
Primeira parada, Arezzo. O que nos aconteceu? Óbvio, nos metemos em zona de tráfego restrito, zona pedonale, zona de tudo que é jeito. Um "nativo" nos informou sobre um estacionamento ao lado do cemitério. Longe prá caramba, mas fazer o que? Ora, lembrar de suas próprias experiências anteriores. De nossa outra vez em Arezzo, paramos num estacionamento especial para turistas que até escada rolante tem para o acesso ao centro histórico. Dessa vez, literalmente, caminhamos! Já era mais de duas da tarde quando chegamos na Piazza Grande, aquela de piso inclinado onde foram filmadas várias cenas de "A Vida é Bela" e onde esperávamos encontrá-la decorada com os escudos das várias famílias da região (foi assim que vimos na outra vez e uma das razões que nos fizeram voltar). Só que agora só vimos os pregos. Não sei porque, nada de escudo colorido na praça. Sentamos num restaurante com cara de simpático onde vários americanos acabavam o seu almoço. Mas era só a cara. A atendente não era de muitos amigos. Não faz mal, foi limpinho, bom e barato.

A Piazza Grande sem os escudos
(nesse lado nem tinha, mas...)
Dali fomos tentar ver a Pieve di Santa Maria, onde deve estar uma das mais ornamentadas fachadas românticas da região. Deve estar, porque mais uma vez esses italianos acabaram com a nossa alegria. Estão restaurando e nada se via. Próximo passo: Chiesa di San Francesco, com os maravilhosos afrescos de Piero della Francesca. Além dos afrescos, também tinha um preço de ingresso de 8 euros por pessoa. Vimos da porta...
Os vitrias do Duomo de Arezzo
No caminho de volta para o cemitério (que tétrico) passamos pelo enorme Duomo, com belos vitrais e mais um afresco de Piero della Francesca: Maria Madalena. Parar no estacionamento do cemitério teve uma vantagem: era na saída para a estrada, logo nada de risco de entrarem zona proibida de novo.
Passeando pelas ruelas de Cortona


Parada para reabastecimento
Próxima parada, Cortona. Cidade medieval no alto de uma colina (como todas as outras, ora...). Aqui não teve erro. Logo na entrada da cidade já existe um estacionamento público para não residentes, pago por tempo. Na rua de entrada, breve parada para um capuccino e seguimos para... errou quem pensou no Duomo. Fomos para a Piazza Signorelli, com o Palazzo Comunale, um museu e isso e aquilo. Dali, fomos até o Museu Diocesano especialmente para vermos a Anunciação de Nossa Senhora de Fra Angelico, grande orgulho dos cortoneses. Os 4 euros de cada um valeram a pena. Na frente do museu, visitamos a enésima Chiesa di San Francesco, onde está enterrado o Signorelli que dá nome à praça anteriormente mencionada. Na saída, sorvetinho básico de limão e saímos da Toscana, rumo à Assisi, que já fica na Umbria.

Chegamos já à noitinha. De um certo ponto na estrada, começamos a ver uma cidade no meio de uma encosta, ficando cada vez mais perto de nosso lado esquerdo. Demorou um pouco, mas percebemos que aquele belo conjunto era o nosso destino. Em 2008 nos hospedamos num hotel sensacional, que ficava numa antiga fábrica de óleo de oliva. Triste constatação: o hotel que tínhamos registrado como muito bom, ainda mais pelo preço que tínhamos pago, agora virou coisa chique, de mais de 300 euros a diária. Deixa prá lá. Booking.com nos indicou um hotel de 80 euros chamado Hotel Minerva, classificação 2 estrelas. Mais uma vez tivemos uma agradável surpresa. O hotel tem mais de 150 anos de existência, sempre administrado pela mesma família e tinha sofrida uma recente reforma. Além do mais era muito mais perto da basílica do que o outro (vantagem extra não esperada: fica em área bem menos restrita para trânsito de automóveis, pertinho do estacionamento).
A Basilica di San Francesco
Nos acomodamos e já perto das nove decidimos dar um passeio até a Basilica di San Francesco e ver se um restaurante que tínhamos gostado muito ainda funcionava. Estava lá, aberto, bonito e muito bom.
Na postagem sobre Assisi de 2008 tem uma foto quase igual.
Quem tiver curiosidade pode comparar!

3 comentários:

Ana Balbinot disse...

Adoro o jeito como você descreve a viagem...Faz com que me sinta verdadeiramente participando dela!

Ivo disse...

Oi Ana

A ideia é justamente essa! Além de recordação para nós, fazer com que os amigos viagem juntos.

Beijos (No Gafa, abraços)

Panda Lemon disse...

Nossa! Eu estou mesmo boquiaberta com essas fotos maravilhosas! Eu nunca havia imaginado que a Itália era assim, cheia de feudos cravados em montes, e com mobilidade tão restrita pra carros e turistas... Espero em 2018 ir junto com vcs pra ver tudo isso de perto!