Hoje acordamos mais cedo - sete
horas já estávamos de pé. Afinal, a atendente do Hotel Reale havia nos dito que o Duomo abria às 8 horas para visitação. Antes das oito ainda já
estávamos na porta da igreja, onde um cartaz dizia: horário de visitação das
09:30 até as 18:00. Ou seja, ontem perdemos por poucos minutos (se não tivéssemos
entrado em Capararola...). Hoje
perdemos por mais de uma hora, pois não íamos ficar esperando.
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O Duomo de Orvieto |
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Um detalhe do Duomo de Orvieto |
Voltamos cabisbaixos para o
hotel, acertamos as contas e pegamos a estrada em direção a Montepulciano. No meio do caminho, um
aviso: a estrada normal para Montepulciano
estava fechada. As placas indicavam o novo caminho, pelo qual Montalcino ficaria mais perto. É Montalcino por primeiro então. Chegamos
lá, paramos no parcheggio na frente
da fortaleza e fomos dar a nossa passeggiata.
Fortaleza, centro histórico, igrejas, etc.. Visita relativamente rápida, já pegamos
a estrada para Pienza.
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Na estrada em direção a Montalcino |
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A Fortezza de Montalcino |
Nem meia hora e estávamos lá.
Essas três cidades são perto uma da outra. De todas as medievais que visitamos
até agora, Pienza é a mais
caprichada. Vejam as fotos, porque a visita foi o padrão...
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Pienza |
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Esperando o almoço na Tenuta Santo Pietro |
Uma boa surpresa veio no caminho
di Pienza para Montepulciano. Era já o horário do almoço, e desde o início do
planejamento da viagem pensávamos em almoçar em algum restaurante "da mamma" aqui na Toscana. No meio
da estrada, entre inúmeras vinícolas, vi uma placa: aberto todos os dias para almoço
e jantar. Não sei se quase cheguei a causar um acidente, mas diminui rápido e
entrei. Entrei é maneira de dizer, porque só consegui parar depois do portão.
Ré, primeira e estacionamos lá dentro. Tudo muito calmo, sem nenhum sinal de
vida, mas se dizia que estava aberto, fomos entrando. Estávamos num hotel
restaurante do meio da Toscana chamado Tenuta
Santo Pietro (http://tenutasantopietro.com/). Não é propriamente o ristorante da mamma que queríamos, mas
chegou muito perto. Quase tudo é produzido na propriedade, as massas são
artesanais, o atendimento é simples mas primoroso. Após uma insalata mista de entrada (mesmo a
salada já estava sensacional), vieram os pratos. O meu foi um pici fatto a
mano all'aglione. Pici é
uma massa típica da Toscana, meio que um spaghetti mais grosso e meio
encaracolado. Muito bom. Mas o que matou a pau mesmo foi o que a Fátima
escolheu: ravioli di pecorino di Pienza al tartufo. Para quem ainda não
sabe, tartufo é trufa (o blog também é cultura e ensinamento). Segundo
ela, foi um dos melhores pratos que ela já saboreou em toda a vida. Deem uma
olhada nas fotos e fiquem com água na boca! Tudo isso por módicos 37 euros
(módicos para padrões italianos, claro - mas creio que algo similar no Brasil
sairia mais caro).
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Os jardins da Tenuta Santo Pietro |
Bom, seguimos viagem para Montepulciano. Mesmo padrão de visita.
Como na viagem anterior havíamos trazido de volta 3 garrafas de Brunello de
Montalcino, desta vez resolvemos comprar 3 garrafas de Nobile de
Montepulciano. Como "enófilo nem amador" não faço ideia da qualidade
do que compramos, mas certamente nos deliciaremos com eles. Essa é uma das
vantagens de ser um "enófilo nem amador" - muito mais fácil de ficar
satisfeito...
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A Fátima e as velas - essas são no Duomo de Montepulciano |
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Detalhe da fachada do Duomo de Montepulciano |
Próxima parada, Florença. Como o tempo estava passando rápido,
resolvemos agora liberar o GPS ara achar rotas com pedágio. Deixamos de lado as
estradinhas vicinais, e pegamos a A1 - autoestrada pedagiada com velocidade
máxima permitida de 130 km/h. Bem diferente dos 50 ou 60 das vicinais.
Queríamos chegar em tempo de pegarmos a Galleria della Accademia
aberta para podermos apreciar o David
do Michelangelo novamente. Felizmente
o GPS nos levou por uma rota que passava pela Piazzale Michelangelo, aquela da qual você vê toda Florença
"de cima". Só vimos, não paramos para não nos atrasarmos. Após o
martírio que é conseguir lugar para estacionar numa cidade grande (e ainda mais
cheia de zonas proibidas para não residentes), conseguimos uma vaga a pouco
mais de um quilômetro da praça do Duomo
(fico até com vergonha de falar da cag... que fiz - só paguei estacionamento para
uma hora - vá ser estúpido assim lá na caixa prego, e não em Florença). Andando
em passo de ivo, conseguimos chegar na Accademia
a tempo de desfrutarmos com calma não só David,
mas também mais algumas das outras atrações expostas.
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Piazza della Signoria |
Na saída, passamos novamente na
frente do Duomo, para olhar com um
pouco de novo, caminhada até a Piazza della
Signoria (onde está a cópia de David)
e constatação de que estávamos nos afastando cada vez mais do local em que tínhamos
estacionado. A essa altura dos acontecimentos, a hora de estacionamento que
paguei já tinha se esgotado há muito. Se fomos multados, só saberemos daqui a
alguns meses (em 2008, recebi uma multa mais de 3 meses depois de termos retornado).
Agora a direção é Pistoia, onde amanhã quero visitar o Monumento Votivo Militare Brasiliano, em
homenagem aos combatentes brasileiros na segunda guerra mundial. Coisas de Ivo,
não tentem entender. Instalados no Milano
Hotel Pistoia, uma pizza muito boa para o jantar e de volta para o hotel. Amanhã
tem mais.
4 comentários:
Mas que fotos maravilhosas mesmo! Dessa vez vão ter que fazer um album físico!!!
Pandinha linda
Será que não delego essa tarefa a quem tão caprichosamente fez um álbum físico de nossa visita a Charlotte em maio? Hehehe
Sogrão
Como sempre, é uma delícia ler as postagens de vocês, a gente viaja junto!
Ate quando vão ficar em viagem?
Beijos
Oi Ana
Obrigado pelos elogios. Saímos daqui no dia 14, chegando em Curitiba no próprio dia 14 or volta das onze.
Vamos continuar atualizando o blog - continue comentando, é sempre bem vinda.
Ivo
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