domingo, 26 de maio de 2024

Siracusa, Noto e Marzamemi

Oito horas, um bom café da manhã na Masseria, nos enrolamos um pouco e pegamos o carro em direção ao Parco Archeologico della Neapolis. Chegamos no parque por volta das 10. Conseguimos uma vaga na rua, mas tínhamos que pagar pelo tempo num parquímetro que estava a uns 250 metros do carro, pegar o ticket, voltar para o carro e colocá-lo no painel. Hamilton pagou com moedas (não aceitava cartão virtual) e voltei para deixar o comprovante no carro enquanto Mariza, Hamilton e Fátima foram comprar os ingressos. Quando voltei para encontrá-los, encontrei na verdade uma multidão de turistas em excursão. Passei reto por eles. Fui e voltei umas duas vezes, até que os avistei bem na frente da bilheteria.

Tudo bem, olhamos umas placas e vimos que para o tempo que tínhamos, deveríamos ir até as três atrações principais: o Teatro Grego, a Grotta del Ninfeo e o Orecchio de Dionisio. Seguimos o caminho para o teatro e para grota, já que eram para o mesmo lado. O teatro em si para mim foi meio decepcionante, já que a estrutura original está praticamente toda coberta por arquibancadas de madeira. É que o teatro é ainda usado para apresentações artísticas.




O teatro Grego

Aos “fundos” do teatro, está a gruta do “Ninfeo”, um espaço artificial escavado na rocha, com um pequeno curso d’água passando por dentro. Ao lado existe uma série de outras escavações. Bem interessante.

Grotta del Ninfeo

Uma das grutas do "complexo" da Gruta do Ninfeo

Próxima etapa, a visita à “orelha de Dionísio”, uma caverna artificial impressionante pela sua altura (por volta de 23 metros). Escavada nas eras greco-romanas, o seu propósito era o de reservar água para Siracusa Foi nomeada assim por Caravaggio, em 1586, devido a sua semelhança com uma orelha humana. Mais informações aqui: Ear of Dionysius - Wikipedia. Ao lado existem também outras cavidades artificiais não menos impressionantes.











Um fato interessante é que por todo o parque estão expostas uma série de esculturas modernas baseadas em temas da antiguidade. Para mais informações sobre não apenas esse parque, mas sobre todo o sistema siciliano, clique aqui: https://parchiarcheologici.regione.sicilia.it/.

Durante o passeio, algo estranho aconteceu com Hamilton. Foi mordido por algum inseto, ou encostou em alguma planta “venenosa”, mas o fato é que o seu tornozelo imediatamente inchou e ficou com um vermelhão, coçando e “quente”. Resolvemos então retornarmos ao hotel (algo que pouco alterou o nosso programa, já que o próximo destino – Noto – era para o sul de Siracusa, assim como o nosso hotel) para que ele passasse um creme (com arnica...). Gradualmente os sintomas foram diminuindo, mas, ao fim do dia, o vermelhão ainda estava lá!

Pegamos a estrada em direção a Noto, uma bela cidadezinha, que nos tinha sido indicada pela senhora da confeitaria ao lado da lavanderia automática (lembram dela?) e também pelo pessoal do hotel. Noto é conhecida pela sua arquitetura barroca, a sua catedral reconstruída no século 18 e suas inúmeras sacadas ornamentadas.

Chegamos por volta de 13:30, subimos (subimos? – quase nunca tem subida nessas cidades italianas – kkkk) em direção ao duomo. Na realidade, chegamos mais perto da igreja de São Salvador – a catedral era um pouco mais para a frente. Uma bela igreja. Como o sol estava muito forte, por sugestão da Mariza fomos primeiro almoçar e depois iniciarmos “oficialmente” o passeio pela cidade. Escolhemos o Amarcord Restaurant, com mesas à sobra. Foi uma boa escolha.

Uma escada "decorada"


Igreja de São Salvador



Igreja de São Salvador








A rua onde decoram o piso com flores. Perdemos o espetáculo por 2 dias!


Corso Vittorio Emanuele












Fomos então passear pela rua principal de Noto – o Corso Vittorio Emanuele. Tudo muito bonito. Uma foto de nós quatro na frente do duomo, e tomamos o caminho de volta em direção ao estacionamento.

Ajustamos então o GPS para Marzamemi, uma indicação do hotel. Prainha bem sem graça, logo, visita rápida.


Havíamos decidido que após o passeio de hoje, faríamos um queijos e vinhos no hotel. Restava então uma tarefa quase impossível – encontrarmos um mercado aberto no domingo nessas vilazinhas a caminho do hotel. Após intensa pesquisa, Hamilton encontrou um mercadinho aberto. Paramos lá, “estacionei” no estilo italiano e fiquei esperando enquanto os três foram às compras.



Deu tudo certo. O hotel nos cedeu pratos e taças e nos abriu o vinho. Um bom papo em frente ao nosso quarto, uma excelente degustação e vamos descansar, porque amanhã o percurso será meio longo!

Boa noite...

3 comentários:

Panda Lemon disse...


Ah, que fotos mais lindas!!! Reconheci vários cenários ali, graças ao último filme do Indiana Jones, hehehe... muita vontade de explorar as ruínas milenares da Sicília! Beijos

Ivo disse...

É tudo muito impressionante! Muito louco pensar que aquela "caverna" imensa da Orelha de Dionísio foi toda escavada a mão!!!

Alexandre disse...

Sensacional as grutas