Oito horas, um bom café da manhã na Masseria, nos enrolamos um pouco e pegamos o carro em direção ao Parco Archeologico della Neapolis. Chegamos no parque por volta das 10. Conseguimos uma vaga na rua, mas tínhamos que pagar pelo tempo num parquímetro que estava a uns 250 metros do carro, pegar o ticket, voltar para o carro e colocá-lo no painel. Hamilton pagou com moedas (não aceitava cartão virtual) e voltei para deixar o comprovante no carro enquanto Mariza, Hamilton e Fátima foram comprar os ingressos. Quando voltei para encontrá-los, encontrei na verdade uma multidão de turistas em excursão. Passei reto por eles. Fui e voltei umas duas vezes, até que os avistei bem na frente da bilheteria.
Tudo bem, olhamos umas placas e vimos que para o tempo que tínhamos, deveríamos ir até as três atrações principais: o Teatro Grego, a Grotta del
Ninfeo e o Orecchio de Dionisio. Seguimos o caminho para o teatro e
para grota, já que eram para o mesmo lado. O teatro em si para mim foi meio decepcionante,
já que a estrutura original está praticamente toda coberta por arquibancadas de
madeira. É que o teatro é ainda usado para apresentações artísticas.
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O teatro Grego |
Aos “fundos” do teatro, está a gruta do “Ninfeo”, um espaço artificial escavado na rocha, com um pequeno curso d’água passando por dentro. Ao lado existe uma série de outras escavações. Bem interessante.
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Uma das grutas do "complexo" da Gruta do Ninfeo |
Próxima etapa, a visita à “orelha de Dionísio”, uma caverna artificial impressionante pela sua altura (por volta de 23 metros). Escavada nas eras greco-romanas, o seu propósito era o de reservar água para Siracusa Foi nomeada assim por Caravaggio, em 1586, devido a sua semelhança com uma orelha humana. Mais informações aqui: Ear of Dionysius - Wikipedia. Ao lado existem também outras cavidades artificiais não menos impressionantes.
Um fato interessante é que por todo o parque estão expostas uma série de esculturas modernas baseadas em temas da antiguidade. Para mais informações sobre não apenas esse parque, mas sobre todo o sistema siciliano, clique aqui: https://parchiarcheologici.regione.sicilia.it/.
Durante o passeio, algo estranho aconteceu com Hamilton. Foi
mordido por algum inseto, ou encostou em alguma planta “venenosa”, mas o fato é
que o seu tornozelo imediatamente inchou e ficou com um vermelhão, coçando e “quente”.
Resolvemos então retornarmos ao hotel (algo que pouco alterou o nosso programa,
já que o próximo destino – Noto – era para o sul de Siracusa, assim como o
nosso hotel) para que ele passasse um creme (com arnica...). Gradualmente os
sintomas foram diminuindo, mas, ao fim do dia, o vermelhão ainda estava lá!
Pegamos a estrada em direção a Noto, uma bela cidadezinha,
que nos tinha sido indicada pela senhora da confeitaria ao lado da lavanderia
automática (lembram dela?) e também pelo pessoal do hotel. Noto é conhecida pela
sua arquitetura barroca, a sua catedral reconstruída no século 18 e suas inúmeras
sacadas ornamentadas.
Chegamos por volta de 13:30, subimos (subimos? – quase nunca
tem subida nessas cidades italianas – kkkk) em direção ao duomo. Na realidade,
chegamos mais perto da igreja de São Salvador – a catedral era um pouco mais
para a frente. Uma bela igreja. Como o sol estava muito forte, por sugestão da
Mariza fomos primeiro almoçar e depois iniciarmos “oficialmente” o passeio pela
cidade. Escolhemos o Amarcord Restaurant, com mesas à sobra. Foi uma boa
escolha.
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Uma escada "decorada" |
Igreja de São Salvador |
Igreja de São Salvador |
A rua onde decoram o piso com flores. Perdemos o espetáculo por 2 dias! |
Corso Vittorio Emanuele |
Fomos então passear pela rua principal de Noto – o Corso Vittorio Emanuele. Tudo muito bonito. Uma foto de nós quatro na frente do duomo, e tomamos o caminho de volta em direção ao estacionamento.
Ajustamos então o GPS para Marzamemi, uma indicação do hotel.
Prainha bem sem graça, logo, visita rápida.
Havíamos decidido que após o passeio de hoje, faríamos um queijos e vinhos no hotel. Restava então uma tarefa quase impossível – encontrarmos um mercado aberto no domingo nessas vilazinhas a caminho do hotel. Após intensa pesquisa, Hamilton encontrou um mercadinho aberto. Paramos lá, “estacionei” no estilo italiano e fiquei esperando enquanto os três foram às compras.
Deu tudo certo. O hotel nos cedeu pratos e taças e nos abriu o vinho. Um bom papo em frente ao nosso quarto, uma excelente degustação e vamos descansar, porque amanhã o percurso será meio longo!
Boa noite...
3 comentários:
Ah, que fotos mais lindas!!! Reconheci vários cenários ali, graças ao último filme do Indiana Jones, hehehe... muita vontade de explorar as ruínas milenares da Sicília! Beijos
É tudo muito impressionante! Muito louco pensar que aquela "caverna" imensa da Orelha de Dionísio foi toda escavada a mão!!!
Sensacional as grutas
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