Café da manhã resolvido, pouco depois das nove dissemos adeus à Villa Diodoro, debaixo de uma chuva leve, com destino a Catania, onde pretendíamos dar uma passadinha, principalmente e como sempre, pela Piazza del Duomo. Onde fica também a Fontana del’Elefante. Só que, logo depois de pegarmos a estrada, começou uma chuva muito forte. Ainda estava muito forte enquanto chegávamos à entrada de Catania, o que nos levou a passarmos direto.
Alguns bons quilômetros para frente e de repente um congestionamento muito grande na rodovia. Um acidente tinha deixado a autoestrada com apenas uma pista livre. Levamos mais de 20 minutos para percorrer talvez nem um quilômetro.
De qualquer maneira, foi possível mantermos a ideia inicial
de pararmos no centro de Siracusa para... Lavar a nossa roupa. Hamilton no
caminho, baseado em informações do nosso próximo hotel (Masseria Testaferrata,
um hotel “rural” adiante de Siracusa), achou uma lavanderia automática que “teoricamente”,
disporia de amplo e seguro estacionamento. Quando chegamos lá, a surpresa. O
amplo estacionamento era a rua/calçada em frente ao local, onde os siracusianos
(????) também paravam. Fizemos o mesmo, e lá fui eu estacionar o carro meio na
rua meio na calçada. Enquanto esperávamos pela lavagem (39 minutos de lavagem
mais 30 minutos de secagem), fomos procurar um banheiro para as meninas (e para
os meninos também, por que não?).
Ao lado da lavanderia tinha uma espécie de panificadora.
Entramos, Fátima tomou um capuccino de máquina (Hamilton um chocolate quente) e
perguntei se tinha banheiro. O senhor que estava nos atendendo disse que sim, mas
que era privado, mas ele ia deixar a gente usar. Só que duas mulheres que
estavam atrás do balcão foram contra – nada de “estranhos” usarem o nosso
banheiro. Como consolação, elas deram dois biscoitinhos de chocolate para
Mariza.
Saímos meio frustrados de lá quando vi uma confeitaria do
outro lado da rua. Entramos, e enquanto escolhíamos uns biscoitinhos da vitrine
(afinal, cliente pode usar o banheiro), chegou uma moça com um piazinho. Não
tive dúvida – comecei um papo com a dona do negócio, perguntando se ele era seu
neto. Ela já disse que sim e contou que tinha 4 netos, 2 da filha em mais 2
do filho. Quando falei que só tínhamos um, e que morava longe, ela ficou desolada.
Papo vai, papo vem, ela nos deixou usar o banheiro, nos deu algumas indicações
turísticas e, quando estávamos saindo, ela nos deu um saquinho com alguma coisa
dentro: “isso é por minha conta para vocês”. Agradecemos e voltamos para a
lavanderia. Já era perto do meio-dia – abrimos o pacote e, surpresa – ela nos
deu 3 croissants, imediatamente degustados!!!
Terminado o ciclo de lavagem e secagem, as meninas (e mais Hamilton – eu fui preguiçoso e não ajudei nada) dobraram as roupas, as colocaram nas malas e saímos rumo ao nosso hotel, a Masseria Terraferrata (Uma masseria é uma fazenda típica dos séculos XVI e XVI, inicialmente resultado da colonização de áreas anteriormente abandonadas pelos nobres do "Reino das Duas Sicílias". Essas fazendas, muito difundidas no sul da Itália, especialmente na Puglia e Sicília, eram habitadas pelos proprietários das terras e pelos camponeses. Elas incluíam espaços para estábulos, celeiros e plantações. Hoje, muitas delas são usadas para agroturismo, hotéis-fazenda e bed & breakfats, mantendo ainda sua função original de agronegócio). Fica por volta de 18 a 20 minutos ao sul de Siracusa. Lugar especial. Rústico, mas ao mesmo tempo moderno e aconchegante, com uma grande piscina e funcionários muito prestativos.
Após nos instalarmos nos quartos, tivemos uma reunião importantíssima na beira da piscina.
Resolvemos voltar para Siracusa, mais especificamente Ortigia, uma ilha onde está localizado o Duomo, o centro histórico de Siracusa e mais algumas atrações. Logo depois que estacionamos num parcheggio a pagamento, conforme orientação do recepcionista do hotel, fomos andando até a ilha. Durante essa caminhada, uma chuva se aproximava. Solução: fomos almoçar/jantar antes do previsto. Efetivamente, enquanto almoçávamos, veio uma chuva forte. Até terminarmos nosso almoço, a chuva tinha parado e veio o sol.
Saímos do restaurante e rapidamente chegamos no Duomo.
Entramos numa construção surpreendente – a catedral foi erigida no século sete
D.C., ao redor do Templo de Atenas, uma obra grega do século 6 A.C. (as colunas
originais ainda são visíveis), e teve várias reformas e ampliações no decorrer
do tempo. Mais detalhes podem ser vistos aqui: Cathedral of
Syracuse - Wikipedia.
Saindo do Duomo, no outro lado da praça está a Igreja de Santa Lúcia, também muito interessante. Ao lado dessa igreja, uma loja de chocolate que foi recomendada à Fátima por uma amiga: Sabadì.
Chocolatinhos comprados, continuamos caminhando em direção ao sul da ilha, sempre junto ao mar.
Depois de um tempo, voltamos para “dentro” da cidade, passando por aquelas ruazinhas especiais, agora já em direção a uma confeitaria que nos tinha sido indicada pelo hotel: Voglia Matta (em tradução livre, vontade louca), já fora da ilha. No caminho passamos ainda pela Fontana di Diana,
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Fonte de Diana |
logo em seguida pelas ruínas do Tempio di Apollo e finalmente chegamos à confeitaria. Tomamos um sorvetinho (Fátima escolheu um doce chamado de zuccottino – gostou muito) e fomos para o estacionamento. Quase nove da noite e saímos para voltarmos para o hotel.
Escrever o blog de hoje e já é quase meia noite e tenho que nanar. Até amanhã!
2 comentários:
Realmente, vovô! É de quebrar o coração vcs morarem longe do único netinho, e ver ele crescendo sem vcs me deixa muito jururu. Sugiro vcs virem morar aqui na California urgente!
Quem me dera poder morar aí perto de vocês...
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