quinta-feira, 16 de maio de 2024

16 de maio - São Pedro e Trastevere

Hoje o dia foi marcado por um acontecimento totalmente inesperado durante o nosso retorno para o hotel. Aguardem.

Destino inicial: Praça São Pedro. Nem precisei consultar o Google. A melhor opção era o metrô até a estação Otaviano. Uma caminhada de 20 minutos nos levou até lá. Chegando na praça, podemos dizer que tivemos um banho de água fria. A ideia de entrar na Basílica se mostrou simplesmente inviável. A fila para entrar contornava toda a praça e mais um pouco. Estimamos que a espera deveria ser de mais de 3 horas, ainda mais levando em conta que havia “vendedores” oferecendo uma opção tipo “fura fila” para 45 minutos depois da “compra”. Como todos nós já havíamos entrado na Basílica mais de uma vez, deixamos para lá.













Depois de algum tempo observando a praça, resolvemos ir até o Castel Sant’Angelo – lá não deve ter fila. Doce ilusão. Tinha fila e não era pequena.





Uma das opções de hoje, como já falado ontem, era irmos até o Palazzo Corsini, que fica em Trastevere. Caminhando devagar, e literalmente pela sombra, como dizia minha avó Elza, chegamos lá. O museu é relativamente pequeno, e com a maioria das obras dos anos 1600. Pouquíssimos frequentadores. Uma visita bem tranquila.


Olhando no Google Maps, um excelente companheiro do viajante de hoje em dia, vi que ao lado do Palazzo fica o Orto Botanico di Roma. Fomos até lá. Tudo muito bonito, mas podemos dizer que perde para o Jardim Botânico de Curitiba, tanto em beleza de modo geral, como, principalmente, em conservação. Em todo o caso, valeu muito a visita.








Saindo de lá, fomos até o Trastevere propriamente dito. Uma região pequena, muito linda, com inúmeros restaurantes e que tem uma vida noturna intensa. Nós já passamos dessa fase de vida noturna, então nos contentamos com a vida diurna. Depois de um passeio por lá, fomos almoçar num pequeno restaurante chamado La Scaletta, onde cada um de nós degustou um trio de bruschette de diversos sabores. Muito bom.







Na sequência, fomos até a Via Condotti, a famosa rua das grifes chiques que sai do meio da Piazza di Spagna. Para isso fomos de táxi, depois de uma descoberta interessante. Aqui em Roma você pode pedir táxi "normal" pelo Uber, que já te dá uma ideia do valor a ser cobrado. Em resumo, você sabe que não será enganado por motoristas inescrupulosos, famosos em Roma (e em outros lugares mundo afora...). O que nos impressionou foi a habilidade do motorista em enfrentar as ruelas estreitas dessa cidade, muitas vezes como caminho alternativo às vias principais, frequentemente congestionadas. Chegamos no destino, batendo um papo agradável com o autista, e com o taxímetro mostrando o valor exatamente dentro da faixa de preços prevista pelo Uber.

As meninas adoraram o passeio pela Condotti. Eu fui “correndo” na frente porque precisava fazer um pipizinho. Onde? No Mc Donald’s mais próximo, óbvio. Nenhum outro lugar deixa você usar o banheiro sem consumir alguma coisa. Resolvida essa situação (por todos, diga-se de passagem), fomos procurar uma loja de macaron que a Fátima lembrava de outras viagens. Encontramos uma que não era exatamente a que ela lembrava, mas deu certo. Eles gostaram muito dos doces (eu não quis). Depois disso um legítimo café italiano. Achamos um lugar com uma cara muito boa. Fátima pediu um café americano e eu e Mariza um espresso. De modo decepcionante, o espresso veio frio. Mariza reclamou e trouxeram outro. Veio morno, também muito ruim. Mariza novamente se manifestou e eles gentilmente” não os cobraram.

Saindo de lá, não podíamos voltar para o hotel sem termos subido a famosa Scalinata di Trinità dei Monti, inclusive com a visita à igreja.







Teve até bandinha na piazza!

Próximo passo, pegar o metrô para voltarmos ao hotel. Horário de pico, metrô ultra cheio, encontrões, pisões e por aí vai. Aí que vimos o inesperado – saindo do metrô, coloquei a mão no bolso e... Cadê minha carteira. Não estava mais no bolso - e no bolso da frente! Fui pungado... Fátima então olhou na sua bolsa – zíper aberto e nada de carteira também. Eis aí a razão de termos sido empurrados e pisados: nos distrair e meter a mão no nosso bolso e bolsa, sem notarmos nada. Chegando ao hotel, as providências de sempre nesses casos – bloquear os cartões. Como sempre há um lado bom em tudo: ficamos imaginado a cara de bunda dos punguistas quando abrissem as nossas carteiras. Nenhum euro, nem duzentos reais, uma carteira de motorista sem qualquer serventia (tenho a versão eletrônica, então nenhum problema) cartões que não funcionam sem senha (apenas um de aproximação, mas já bloqueado anteriormente por mim para esse tipo de transação), e o cartão da Fátima que não tinha nem sido liberado para uso em viagem, já que ela não iria mesmo usá-lo. De qualquer maneira ligamos para os serviços de atendimento e bloqueamos tudo – felizmente esse bloqueio não afeta os cartões em uso nas carteiras digitais.

Passado o estresse, um bom banho e descemos para jantar num restaurante “irmão” da pizzaria de ontem, com mais prosecco de brinde. Após um bom e divertido papo com nossos amigos queridos, cá estou eu postando nesse blog.

Ah, só para encerrar – mesmo com metrô por duas vezes e táxi, ainda assim o dia teve 22.149 passos! Andarilhos de primeira!

Um comentário:

Ana Balbinot disse...

Vixe! Lembrei do Ala que quase perdeu a carteira na frete do Coliseu. Só não perdeu porque saí dando bolsadas nas larápias!